PEDRO G. PRATA
Cresci em Seia, e desde bem jovem, várias paisagens serranas ficaram gravadas na minha mente. Algumas delas alegravam-me o olhar quando as avistava apenas da janela de trás do carro dos meus pais.
Com o passar dos anos, o apreço e fascínio pela beleza da criação foi aumentando. Já como funcionário da Universidade de Aveiro, a minha primeira máquina fotográfica permitiu-me registar em filme o que anteriormente ficava apenas na minha mente.
Quer os pequenos detalhes da natureza, quer as paisagens mais arrebatadoras, ajudam-me a entender a sabedoria e o poder que estão à frente dos meus olhos. No fundo, eu apenas registo estes breves momentos.
A companhia das manhãs
Ao longo da ria, não é invulgar olhar para o lado e ver este
companheiro difícil de confundir: o cartaxo-comum. No momento certo,
também é alvo da objetiva.
Fogo na floresta?
Felizmente não é o caso, apenas uma daquelas tardes em que as próprias nuvens assumem o papel principal.
Camuflagem
Fácil de ouvir, mas difícil de encontrar.
Contraste de sabor amargo
Se visualmente o azul / violeta da flor da chicória-brava contrasta bem com o fundo verde, já o seu sabor tem sido usado por muitos anos como recordação dos amargos momentos na vida. Cada manhã, ao parar o carro, esta bela flor marca a sua presença.
Pequena pausa?
Os melros não uma companhia inconfundível no nosso Campus. É difícil não nos cruzarmos com eles várias vezes ao longo do dia. Neste caso, foi ele que se cruzou com a objetiva.
Espetáculo matutino
Pode estar uma manhã fria, e a vontade de sair de casa não ser muita, mas assim que a luz começa a pintar as nuvens, tudo isso é substituído por momentos inesquecíveis.
Ainda aí estás?
Há momentos em que parece que andamos simplesmente a jogar às escondidas. Mas desta vez, o fotógrafo foi mais rápido.
A invasora
Fotografada no rio Vez, esta tartaruga macho a apanhar banhos de sol é sinónimo dos desafios cada vez maiores que as espécies autóctones enfrentam.